“D’um abismo passamos à outro maior”

o patrimônio religioso da cidade de São Cristóvão (1835-1870)

Autores/as

Palabras clave:

Patrimônio, Ruína, São Cristóvão, Administração imperial

Resumen

Este artigo tem como foco os embates acerca do patrimônio religioso na cidade de São Cristóvão, província de Sergipe, em meados do século XIX. No período oitocentista, os impressos se tornaram um espaço privilegiado para a defesa dos elementos tidos, pelos letrados, como os sedimentos basilares da “nacionalidade” e do soerguimento de uma civilização cristã. Um desses elementos era atinente à conservação dos templos, na época entendidos como patrimônio religioso e testemunho dos tempos antiquários. Com isso, por meio dos registros publicados na imprensa da província de Sergipe, buscamos compreender a difusão de uma leitura romântica acerca da arquitetura colonial na cidade de São Cristóvão, capital provincial até os idos de 1855, e as propostas de  preservação.

Biografía del autor/a

Ane Luíse Silva Mecenas Santos, Universidad Estatal de São Paulo UNESP

Ane Luíse Silva Mecenas Santos é Professora Adjunta do Departamento de História do Centro de Ensino Superior do Seridó e do Mestrado em História dos Sertões da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Caicó. Doutora em História pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Mestra em História pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Especialista em Ciências da Religião, Licenciada e Bacharela em História pela Universidade Federal de Sergipe (UFS).

Citas

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Publicado

2021-12-30

Cómo citar

Silva Mecenas Santos, A. L. (2021). “D’um abismo passamos à outro maior”: o patrimônio religioso da cidade de São Cristóvão (1835-1870). Patrimônio E Memória, 17(2), 343–362. Recuperado a partir de https://pem.assis.unesp.br/index.php/pem/article/view/3100