Feiras livres de Rio Claro (SP): territórios de identidade, lugares de memória

Autores/as

Palabras clave:

lugares de memória, feiras livres, identidade, paisagem, território

Resumen

As feiras livres surgiram em função das necessidades de circulação dos produtos na sociedade e, ao longo do tempo, moldaram-se a partir das atividades relacionadas aos modos de vida dos envolvidos - produtores, consumidores e frequentadores. Esse artigo apresenta um estudo sobre três feiras livres do município de Rio Claro (SP) - Feira do Cervezão, Feira do Produtor e Feira São Benedito - como uma rede complexa de produção, consumo e circulação de mercadorias, utilizando uma abordagem multi e interescalar. Elas foram analisadas a partir dos diferentes espaços urbanos onde ocorrem, como lugares de encontro e convívio comunitário e como expressões das relações de produção e trabalho tradicionais que integram o meio rural e urbano, com ênfase na produção local e familiar hortifrutigranjeira, inserida nos circuitos curtos da economia. Como resultado, apontam-se distintos critérios e valores que qualificam as feiras livres como patrimônios imateriais.

Biografía del autor/a

Heloisa Mina Padula, Doctorando en Arquitectura y Urbanismo en la PUC-Campinas

É doutoranda em Arquitetura e Urbanismo pela PUC-Campinas, com bolsa CAPES - modalidade 1. Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas, 2016-2021); mestre em Arquitetura e Urbanismo pela mesma instituição (PUC-Campinas, 2024), com bolsa Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - modalidade 1 (CAPES).

Maria Cristina Silva Schicchi, Pontificia Universidad Católica de Campinas

Es profesora titular e investigadora del Programa de Posgrado en Arquitectura y Urbanismo (POSURB-ARQ) y de la Facultad de Arquitectura y Urbanismo de la Pontificia Universidad Católica de Campinas, y becaria de nivel 2 de productividad en investigación del CNPq. Es licenciada en Arquitectura y Urbanismo por la Facultad de Arquitectura y Urbanismo Farias Brito (FAUFB, 1977-1981); máster en Arquitectura y Urbanismo por la Escuela Superior de Ingeniería de São Carlos (EESC USP, 1990) con una beca de la FAPESP; doctorado en Arquitectura y Urbanismo por la Universidad de São Paulo (USP, 2002), con beca CEAP/Puc-Campinas; posdoctorado por el Programa Oficial de Arquitectura de la Universidad de Sevilla (US, 2010), con ayuda de la FAPESP.

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Publicado

2024-12-30

Cómo citar

Mina Padula, H., & Silva Schicchi, M. C. (2024). Feiras livres de Rio Claro (SP): territórios de identidade, lugares de memória. Patrimônio E Memória, 20(2), 21–52. Recuperado a partir de https://pem.assis.unesp.br/index.php/pem/article/view/2833