Cassino Aimorés
a space of sociability and disputes over memory
Keywords:
Cassino Aymorés, Space of Sociability, Place of Memory, Symbolic DisputesAbstract
This work discusses a space of sociability, which was in a former leprosarium in the interior of the state of São Paulo, Brazil, and was part of a network of five public colony asylums, designed to isolate leprosy patients from society when there was no treatment for the disease. The institution offered an infrastructure that enabled internees to form new bonds, social relations and practices. The Cassino Aimorés, which operated between 1938 and 1974, was an important space of sociability in this context. Transformed into Silas Braga Reis Museum, the place houses a collection that helps to emphasize an institutional discourse, to the detriment of the memories of its patients. This article aims to criticize the symbolic disputes that ended up silencing the presence of the regular patients of that place.
References
*Referências*
ARBEX, Daniela. Holocausto brasileiro: genocídio: 60 mil mortos no maior hospício do Brasil. São Paulo: Geração Editorial, 2013, 7ª edição.
BEZERRA, Daniele Borges; SERREZ, Juliane Conceição Primon. A estetização política dos lugares de memória. In: Histórias, histórias. Brasília, v. 3, n.6, 2015, p. 173-187.
BORGES, Viviane Trindade. Memórias difíceis: Hospital Colônia de Barbacena, reforma psiquiátrica brasileira e os usos políticos de um passado doloroso. In: Museologia e Patrimônio - Revista Eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio - Unirio | MAST - v.10, n.1, 2017, p.102-127.
______. Um “depósito de gente”: as marcas do sofrimento e as transformações no antigo Hospital Colônia Sant’Ana e na assistência psiquiátrica em Santa Catarina, 1970-1996. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v.20, n.4, out./dez. p. 1531-1549, 2013.
CHOAY, Françoise. A alegoria do patrimônio. São Paulo: estação Liberdade: Editora UNESP, 2001.
COSTA, Ana Paula Silva da. Asilos-colônias paulistas: análise de um modelo espacial de confinamento. 2008. 422 f. Dissertação (Mestrado em Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo. São Carlos, 2008.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015.
GONÇALVES, José Reginaldo Santos. A retórica da perda: os discursos do patrimônio cultural no Brasil. Rio de Janeiro: Ed. da UFRJ, MinC/IPHAN, 2002.
_____. O mal-estar no patrimônio: identidade, tempo e destruição. In: Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 28, nº55, p. 211-228, jan/jun 2015. 2015.
JOUTARD, Philippe. Histoire, mémoires, conflits et alliance. Paris: Editions La Découverte, 2013. (Collection Écritures de l´Histoire).
LE GOFF, Jacques. História e Memória. 7 ed. rev. Campinas: Editora Unicamp, 2013.
MONTEIRO, Yara Nogueira. Da maldição divina à exclusão social: um estudo da Hanseníase em São Paulo.1995. 492 f. Tese (Doutorado em História Social) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1995.
MORAES, Daniela Lemos. Autoimagem, fotografia e memória: contribuições de ex-internos do asilo-colônia Aimorés. 2005. 269 f. Dissertação (Mestrado em Multimeios) - Instituto de Artes, Universidade de Campinas, Campinas, 2005.
NORA, Pierre. Entre História e memória: a problemática dos lugares. Trad. Yara Aun Koury. In: projeto História. São Paulo: educ,1993.
PENHA, Daniela. Memórias do Aimorés: 7 retratos da internação compulsória. Disponível em: http://pesquisa.bvsalud.org/ses/resource/pt/ses-29420. Acesso em: 14 nov. 2014.
POLLAK, Michael. Memória, Esquecimento, Silêncio. Estudos históricos, Rio de Janeiro, v.2, n. 3, p. 3-15, 1989.
PORTO, Carla Lisboa. Memórias da exclusão: narrativas de ex-portadores do Mal de Hansen na cidade de Bauru (1945 -1969). Jundiaí, SP: Paco editorial, 2018.
RICOEUR, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Trad. Alain François [et.al.]. Campinas, SP: Ed. UNICAMP, 2007.
SARLO, Beatriz. Tempo Passado: cultura da memória e guinada subjetiva. São Paulo: Companhia das Letras; Belo Horizonte: UFMG, 2007.
*Fontes*
BRASIL. Decreto Federal 5156 de 8 de março de 1904. Código Sanitário, Regulamento dos Serviços Sanitários a cargo da União, da Diretoria Federal de Saúde Pública. Coleção de Leis do Brasil. Disponível em: https://goo.gl/wwmOYm Acesso em: 17 nov. 2010.
HISTÓRICO. www.ilsl/museu. Acesso em: 21 mar. 2018.
JORNAL DA CIDADE. Museu do “Lauro” já pode ser visitado. Bauru, 25/04/04. Disponível em:https://www.jcnet.com.br/editorias_noticias.php?codigo=35402&ano=2004&p=. Acesso em: 06 maio 2018. http://www.bv.fapesp.br/pt/auxilios/33971/museu-silas-braga-reis-do-inst-lauro-de-souzalima/ . Acesso em: 6 maio 2018.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2018 Patrimônio e Memória

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
All the content of the journal, except where noted, is licensed under a Creative Commons BY attribution license.