Patrimônio imaterial e educação

limites e possibilidades de ações educativas no Estado de São Paulo

Autores

Palavras-chave:

Educação patrimonial, Educação, Cultura, Política, Universidade

Resumo

Este artigo possui como temática central a educação patrimonial e, nesse aspecto, procura refletir sobre limites e possibilidades de ações educativas que envolvem a ideia de salvaguarda dos patrimônios culturais imateriais paulistas. Para isso, levantou-se dados relativos a Projetos de Extensão Universitária desenvolvidos no estado de São Paulo, entre 2009 e 2014; em seguida, elencou-se outras ações que partiram do campo universitário (criação da Rede Paulista de Educação Patrimonial) e do Ministério da Educação do Brasil (manuais elaborados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN e adaptados ao Programa Mais Educação) a fim de tomá-las como possibilidades de educação patrimonial, sobretudo, em cidades não beneficiadas por políticas de patrimônio. Os limites das ações educativas se apresentaram em função da recente história de reconhecimento dos patrimônios imateriais na Constituição Federal de 1988, nos Parâmetros Curriculares Nacionais de 1997 e no Decreto nº 57.439, de 2011.

Biografia do Autor

Rafaela Sales Goulart, Universidade Estadual Paulista UNESP

Rafaela Sales Goulart é Doutoranda e Mestra em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), câmpus de Assis. Especialista em História e Humanidades pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Licenciada em História pela Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), câmpus de Jacarezinho, e em Pedagogia pela Rede de Educação Claretiano, em Guarapuava.

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Publicado

30-06-2020

Como Citar

Sales Goulart, R. (2020). Patrimônio imaterial e educação: limites e possibilidades de ações educativas no Estado de São Paulo . Patrimônio E Memória, 16(1), 566–583. Recuperado de https://pem.assis.unesp.br/index.php/pem/article/view/3153

Edição

Seção

Artigos Livres