Feiras livres de Rio Claro (SP): territórios de identidade, lugares de memória
DOI:
https://doi.org/10.5016/pem.v20i2.2833Palavras-chave:
lugares de memória, feiras livres, identidade, paisagem, territórioResumo
As feiras livres surgiram em função das necessidades de circulação dos produtos na sociedade e, ao longo do tempo, moldaram-se a partir das atividades relacionadas aos modos de vida dos envolvidos - produtores, consumidores e frequentadores. Esse artigo apresenta um estudo sobre três feiras livres do município de Rio Claro (SP) - Feira do Cervezão, Feira do Produtor e Feira São Benedito - como uma rede complexa de produção, consumo e circulação de mercadorias, utilizando uma abordagem multi e interescalar. Elas foram analisadas a partir dos diferentes espaços urbanos onde ocorrem, como lugares de encontro e convívio comunitário e como expressões das relações de produção e trabalho tradicionais que integram o meio rural e urbano, com ênfase na produção local e familiar hortifrutigranjeira, inserida nos circuitos curtos da economia. Como resultado, apontam-se distintos critérios e valores que qualificam as feiras livres como patrimônios imateriais.
Referências
ARANTES, A. A. A salvaguarda do patrimônio cultural imaterial no Brasil. In: BARRIO, A. E.; MOTTA, A.; GOMES, M. H. (org.). Inovação Cultural, Patrimônio e Educação. v. 1. Recife: Massangana, 2010, p. 52-64. Disponível em: https://repositorio.iscte-iul.pt/bitstream/10071/3630/1/livro%20congresso%20Recife%20completo.pdf#page=52. Acesso em: 10 jul. 2024.
ARANTES, A. A. O que é cultura popular. São Paulo: Brasiliense. Coleção Primeiros Passos, 1982.
BORSOI, D. F. A paisagem das trocas: a Vila de Cunha ea formação de uma economia de abastecimento interno na transição do século XVIII para o XIX. Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material. v. 28, p. e54, p.1-56, out. de 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/1982-02672020v28e54. Disponível em: https://www.scielo.br/j/anaismp/a/Nnx44xHv4bgsJkQkcM8sjDf/?lang=pt. Acesso em: 10 jul. 2024.
CACCIAMALI, M. C. Globalização e processo de informalidade. Economia e Sociedade, Campinas, SP, v. 9, n. 1, p. 153–174, jun. 2000. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8643124. Acesso em: 10 jul. 2024.
CAMPOY, C. C. P. Territórios e identidades culturais: o centro urbano de Rio Claro/SP. 2022. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas, 26 de jan. de 2022. Disponível em: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/handle/123456789/16557. Acesso em: 10 jul. 2024.
CASSOL, A. Instituições sociais e abastecimento alimentar contemporâneo: Resgatando a importância socioeconômica das feiras livres tradicionais brasileiras. In: MENEZES, S. de S. M.; DE ALMEIDA, M. G. (Org.) Vamos às feiras!. Cultura e ressignificação dos circuitos curtos. Aracaju: Criação Editora, 2021, p. 97-129. E-book. Disponível em: https://editoracriacao.com.br/wp-content/uploads/2021/08/feirassite.pdf. Acesso em: 10 jul. 2024.
DE MESENTIER, L. M. Patrimônio urbano, construção da memória social e da cidadania. VIVÊNCIA, Natal: Editora Universitária da UFRN - EDUFRN, n. 28, p.167-177, 2005. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/vivencia Acesso em: 10 jul. 2024.
DE SAES, D. A. M. Capitalismo e processo político no Brasil: a via brasileira para o desenvolvimento do capitalismo. Revista Novos Rumos, [S. l.], v. 52, n. 1, 2015. DOI: 10.36311/0102-5864.2015.v52n1.8481. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/novosrumos/article/view/8481. Acesso em: 10 jul. 2024.
DOS SANTOS, F. A. Rio Claro : uma cidade em transformação, 1850-1906. 2000. Dissertação (Mestrado em História Econômica) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Economia, Campinas, 2000. Disponível em: https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/212014. Acesso em: 10 jul. 2024.
FAORO, R. Os donos do poder: Formação do patronato político brasileiro. 3ª Edição. Porto Alegre: Globo Livros, 2001.
FERRETTI, S. F. Reeducando o olhar: estudos sobre feiras e mercados. São Luis, Maranhão: Edições Universidade Federal do Maranhão/Proin-CS, 2000.
FONSECA, M. C. L. Patrimônio Cultural: por uma abordagem integrada (Considerações sobre materialidade e imaterialidade na prática da preservação). In: Caderno de Estudos do PEP. COPEDOC/IPHAN-RJ, 2007, p. 69-73.
FONSECA, M. C. L. Referências culturais: base para novas políticas de patrimônio. In: Boletim de Políticas Setoriais, nº 02. Brasília: IPEA, 2001. p. 111-120. Disponível em: https://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/4775. Acesso em: 10 jul. 2024.
ICOMOS AUSTRALIA. Carta de Burra (Carta del ICOMOS Australia para Sítios de Significación Cultural). Austrália, 1981. Disponível em: https://www.ge-iic.com/files/Cartasydocumentos/Carta_de_Burra.pdf. Acesso em: 10 jul. 2024.
ICOMOS CANADÁ. Declaração de Québec: Sobre a preservação do “Spiritu loci”. Canadá, 2008. Disponível em:https://www.icomos.org/images/DOCUMENTS/Charters/GA16_Quebec_Declaration_Final_PT.pdf Acesso em: 10 jul. 2024.
KIELING, R. I.; SILVEIRA, R. L. L. O rural, o urbano e o continuum urbano-rural no contexto do desenvolvimento regional. PERSPECTIVA, Erechim: v. 39, n.148, p. 133-144., dez. 2015. Disponível em: https://www.uricer.edu.br/site/pdfs/perspectiva/148_540.pdf. Acesso em: 10 jul. 2024.
LEFEBVRE, H. Direito à cidade. 5ª edição. Tradução: Rubens Eduardo Frias. São Paulo: Editora Centauro, 2001.
LEITE, D. C. B. L. Feiras como espaços de hospitalidade e identidade coletiva: Feira permanente da Ceilândia/DF. 2015. Dissertação (Mestrado Profissional em Turismo) – Universidade de Brasília, Brasília, jun. 2015. Disponível em: http://icts.unb.br/jspui/handle/10482/18658. Acesso em: 10 jul. 2024.
MENESES, U. T. B. O campo do patrimônio cultural: uma revisão de premissas. In: SUTTI, W. (org.). I Fórum Nacional do Patrimônio Cultural: Sistema Nacional de Patrimônio Cultural: desafios, estratégias e experiências para uma nova gestão, Ouro Preto/MG, 2009, p. 25-39.
MODEL, P. A.; DENARDIN, V. F. Agricultura familiar e a formação de circuitos curtos de comercialização através das feiras livres: o caso da Matinfeira-Paraná. Encontro Internacional sobre Gestão Empresarial e Meio Ambiente, São Paulo, p. 1-15, 2014. Disponível em: ehttps://www.engema.org.br/XVIENGEMA/456.pdf. Acesso em: 10 jul. 2024.
MOTT, L. R. B. Subsídios à história do pequeno comércio no Brasil. Revista de História, São Paulo, v. 53, n. 105, p. 81–106, 2023. DOI: 10.11606/issn.2316-9141.rh.1976.209659. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/209659. Acesso em: 10 jul. 2024.
PRADO JR., C. Formação do Brasil Contemporâneo (colônia). 6ª Edição. São Paulo: Editora Brasiliense, 1961.
PROJETO MEMÓRIA VIVA. As Danças Afro-brasileiras na Cidade de Rio Claro: O Batuque de Umbigada e a Congada de São Benedito. Disponível em: https://vimeo.com/27299147 Acesso em: 15 dez. 2023.
QUEIROGA, E. F. Da relevância pública dos espaços livres um estudo sobre metrópoles e capitais brasileiras. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, São Paulo: Editora 34, n. 58, p. 105-132, jun. 2014. DOI: https://doi.org/10.116
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Heloisa Mina Padula, Maria Cristina Silva Schicchi

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Todo o conteúdo do periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons do tipo atribuição BY.