A NEGATIVIDADE COMO ETHOS AUTORAL

O LEGADO DE PESSOA

Autores/as

  • Lilian Jacoto

Palabras clave:

Ethos autoral; negatividade; ausência do sujeito; desassossego; epopeia negativa

Resumen

Pretende-se apontar a negatividade como princípio etho-poético de Fernando Pessoa, pelo exame de algumas camadas discursivas de sua obra, desde uma visada a textos seminais, como o “Tratado da Negação” e A Hora do Diabo, dos pré-heterônimos, passando pela imagética de uma ausência fundadora no Livro do Desassossego até uma leitura de Mensagem como epopeia negativa. Partindo do juízo crítico de Eduardo Lourenço, que nos ajuda a reconhecer a geração do Orpheu a partir de uma “ontologia negativa”, deriva-se a ideia de Pessoa como produtor de uma discursividade negativa - um autor de autores que percorrem a modernidade dos séculos XX e XXI num theatrum mundi que encena a morte da obra e a morte do autor como tragédias anunciadas.

Publicado

2017-08-02

Cómo citar

Jacoto, L. (2017). A NEGATIVIDADE COMO ETHOS AUTORAL: O LEGADO DE PESSOA. Miscelânea: Revista De Literatura E Vida Social, 20, 156–172. Recuperado a partir de https://pem.assis.unesp.br/index.php/miscelanea/article/view/37

Número

Sección

ART. ORIG./ORIGINAL ARTICLES II - PARA ALÉM DO "SÉCULO BREVE" EM L. PORTUGUESA