Únicos e diferentes
autobiografias de dois historiadores brasileiros, Nelson Werneck Sodré e Boris Fausto
Palabras clave:
Memória, Autobiografia, Historiografia, Performance, Virtudes EpistêmicasResumen
Na tradição historiográfica brasileira são raríssimos os textos autobiográficos, exceto por algumas entrevistas, publicadas em revistas acadêmicas, em suplementos culturais ou coletâneas específicas, além dos memoriais acadêmicos, como exigência de alguns concursos públicos. No Brasil, enquanto obras autobiográficas, entendidas como textos em primeira pessoa, de maior extensão e que cobrem dimensões públicas e privadas das vidas de historiadores, existem somente duas: Nelson Werneck Sodré (1911-1999) e Boris Fausto (1930-2023). Werneck é autor de cinco obras de memórias, Memórias de um soldado (1967), Memórias de um escritor (1970), A luta pela cultura (1990), A ofensiva reacionária (1992) e A fúria de Calibã: memórias do golpe de 64 (1994), enquanto Fausto escreveu duas, Negócios e ócios: história da imigração (1997) e Memórias de um historiador de domingo (2010). A partir dos relatos de vida desses autores, buscamos identificar escolhas narrativas que reflitam tais distinções assim como as proximidades a partir das “virtudes epistêmicas” e da “performance” no interior de uma área de expertise, de modo tal que tais narrativas autobiográficas descrevam não só as trajetórias individuais, como também alguns meandros da vivência e da disciplina acadêmica.
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