O que ensina também pode divertir, mas nem tudo o que diverte ensina
os debates da comissão nacional de literatura infantil (1936-1938)
DOI:
https://doi.org/10.5016/pem.v7i2.3769Palavras-chave:
Literatura Infantil, CNLI, Estado NovoResumo
Em 1936, o Ministério Capanema criou a Comissão Nacional de Literatura Infantil com o intuito de gerar subsídios para políticas públicas de formação de leitores. Este artigo objetiva problematizar o que a CNLI, criada no início do Estado Novo, compreendeu conceitualmente a literatura infantil. Para isso, foram analisados os documentos recolhidos junto ao CPDOC/FGV e abordados os critérios usados por aquela Comissão Nacional de Literatura Infantil para delimitar o literário nas produções escritas para crianças. Constatouse que, embora o critério do lúdico seja primeiramente sublinhado como definidor da literatura infantil, o pedagógico não é com isso excluído, mas, pelo contrário, ao fim decisivo. Isso leva a concluir que é o conceito ideológico acerca da literatura infantil – nacionalismo, utilitarismo, entre outros – que se pode observar operando nas avaliações da CNLI.
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