Produção de alimentos, cafeicultura e escravidão na Zona da Mata mineira, século XIX
DOI:
https://doi.org/10.5016/pem.v15i1.3241Palavras-chave:
Agricultura, Diversificação, Café, Escravidão, Zona da Mata mineiraResumo
Minas Gerais foi a província brasileira com o maior número de escravos durante o século XIX, que foram utilizados como mão de obra fundamental para diversas atividades econômicas. Uma região que se destacou dentro dessa diversificada província foi a Zona da Mata. Este artigo propõe analisar o perfil econômico da região, tendo como foco principal de abordagem a produção agrícola para as freguesias de Santo Antonio do Paraibuna e São Paulo do Muriahé. A primeira foi uma das pioneiras no cultivo da rubiácea em Minas Gerais, e a segunda, grande produtora de café em finais do século XIX. Trata-se, pois, de perceber aspectos econômicos bem específicos de duas sub-regiões que compõem Mata (a área Sul e a Central). Esperamos, assim, contribuir para um debate que ainda se encontra em aberto. Serão utilizados, como fonte principal, os inventários post-mortem.
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