O Casarão “Quinzinho de Barros” e o espaço museológico como principal artefato de seu acervo

Autores

Palavras-chave:

Sorocaba, Museu, Patrimônio Material, Arquitetura, Espaço Museuológico

Resumo

O presente artigo tem como objetivo analisar questões que cercam o patrimônio musealizado, tendo como exemplo central o Museu Histórico Sorocabano. A pesquisa qualitativa foi feita com base em visita técnica e análise de dados sobre a História local, patrimônio e museologia em bibliografias especializadas das respectivas áreas. De modo que são problematizados, principalmente, o caráter identitário de sua criação, a ocupação desses espaços (que em sua maioria foi/é feita por pessoas mais abastadas), o papel pedagógico da instituição e a questão do espaço físico em que ele atualmente está inserido (Parque Zoológico “Quinzinho de Barros”, localizado em pleno coração de Sorocaba). Com isso, pretende-se demonstrar como o espaço museológico histórico pode ser considerado o principal artefato de um acervo, a partir da contextualização histórica local e de um viés que destaca a importância do patrimônio imóvel – no caso, paulista - como cultura material remanescente de uma sociedade.

Biografia do Autor

Tami Coelho Ocar, Universidade Estadual Paulista UNESP

Tami Coelho Ocar é Diretora de Gestão do Museu Municipal Casarão Pau Preto – Indaiatuba – SP. Doutoranda em História Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Mestra, Bacharela e Licenciada em História pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Bolsista CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.

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Publicado

07-02-2025

Como Citar

Coelho Ocar, T. (2025). O Casarão “Quinzinho de Barros” e o espaço museológico como principal artefato de seu acervo . Patrimônio E Memória, 16(1), 413–432. Recuperado de https://pem.assis.unesp.br/index.php/pem/article/view/3140

Edição

Seção

Artigos Livres