Cobertura vegetal nos patrimônios ambientais urbanos de São Paulo

apropriação dos valores simbólicos

Autores

Palavras-chave:

Paisagem, Ambiente urbano, Patrimônio cultural, Uso da terra, Vegetação

Resumo

Este artigo analisa a inclusão do patrimônio ambiental urbano como parte dos objetos de proteção dos órgãos culturais de São Paulo. Descrevem-se o processo de incorporação dessa categoria patrimonial, os atributos inerentes aos espaços protegidos e os dispositivos utilizados para a manutenção do valor simbólico desses patrimônios. Verificouse que a cobertura vegetal arbórea, elemento fundamental na estruturação da paisagem dos bairros protegidos, constitui-se como o principal atributo simbólico dos bens culturais institucionalizados. Ao compilar os resultados relativos aos aspectos quantitativos e qualitativos da cobertura de vegetação, juntamente com os indicadores socioeconômicos desses bairros ambientais, é possível afirmar que esses patrimônios ambientais urbanos apresentam peculiaridades que potencializam não somente o seu valor simbólico cultural, mas a sua apropriação como uma mercadoria.

Biografia do Autor

Sandro Francisco Detoni, Universidade Estadual Paulista Unesp

Sandro Francisco Detoni é Professor na Faculdade de Tecnologia de Barueri, vinculado ao Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza. Graduado, Mestre e Doutor em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).

Referências

CARLOS, A. F. A. A Segregação como fundamento da crise urbana. In: Silva, J. B. da; Lima, L. C.; Dantas, E. W. (Org.). Panorama da Geografia Brasileira II. São Paulo: Annablume, 2006, p. 47-56.

HARVEY, D. Cidades rebeldes: do direito à cidade à revolução urbana. São Paulo: Martins Fontes – selo Martins, 2014, 294 p.

MENESES, U. T. B. de. Patrimônio ambiental urbano: do lugar comum ao lugar de todos. C. J. Arquitetura, São Paulo, v. 19, 1978, p. 45-46.

MENESES, U. T. B. de. O patrimônio cultural entre o público e o privado. In: SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA. Departamento do Patrimônio Histórico. O direito à memória: patrimônio histórico e cidadania. São Paulo, 1992, p. 189-194.

MENESES, U. T. B. de. Os “usos culturais” da cultura: contribuição para uma abordagem crítica das práticas e políticas culturais. In: YÁZIGI, E.; CARLOS, A. F. A.; CRUZ, R. C. A. da. (org.). Turismo: espaço, paisagem e cultura. São Paulo: Hucitec, 1996, p. 88-99.

MENESES, U. T. B. de. A cidade como um bem cultural: áreas envoltórias e outros dilemas, equívocos e alcance na preservação do patrimônio ambiental urbano. In: MORI, V H. et alii.(org.). Patrimônio: atualizando o debate. São Paulo: 9ª SR/IPHAN, 2006, p. 35-53.

NUCCI, J. C. Qualidade ambiental e adensamento urbano: um estudo de ecologia e planejamento da paisagem aplicado ao distrito de Santa Cecília (MSP). Curitiba: O Autor, 2008, 2 ed., 150 p.

PONZONI, F. J.; SHIMABUKURO, Y. E. Sensoriamento Remoto no Estudo da Vegetação. São José dos Campos, SP: A. Silva Vieira Ed., 2009, 127 p.

RODRIGUES, C. N. Território do patrimônio: tombamento e participação social na cidade de São Paulo. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-graduação em Geografia Humana, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001.

SÃO PAULO (MUNICÍPIO). Lei n. 10.032 de 27 de dezembro de 1985 (alt. Lei. n. 10.236 de 16 de dezembro de 1986). Dispõe sobre a criação de um Conselho Municipal de Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de São Paulo.

Downloads

Publicado

30-06-2020

Como Citar

Detoni, S. F. (2020). Cobertura vegetal nos patrimônios ambientais urbanos de São Paulo: apropriação dos valores simbólicos . Patrimônio E Memória, 16(1), 142–161. Recuperado de https://pem.assis.unesp.br/index.php/pem/article/view/3112