A arte mural, grafite e o patrimônio cultural

uma revisão de literatura

Autores

Palavras-chave:

Estado de arte - Arte Mural, Patrimônio artístico, Muralismo, Grafite

Resumo

O artigo decorre de uma pesquisa bibliográfica do tipo “Estado da Arte” em periódicos, dissertações e teses. Objetiva analisar as abordagens temáticas referentes à arte mural e ao Patrimônio Cultural, a fim de apresentar o cenário acadêmico, considerando dois modos de expressão artística: a arte mural integrada e o grafite. Referente à arte mural, as produções científicas brasileiras e as internacionais abordam a historiografia das imagens e a documentação, pela realização de um inventário de obras cuja relevância histórica, social e artística é descrita e demonstrada, numa tentativa de comprovar o merecimento para a elevação ao patrimônio cultural, objetivando proteção e preservação. As pesquisas tematizadas pelo grafite expõem conflitos sociais e políticos que provocam discussão, ação política e judicial de proteção e preservação. Os dois modos problematizam a gestão do Patrimônio Cultural no Brasil, pautada na noção de autenticidade e perenidade e serão discutidos à luz de Poulot (2009); Heinich (2009) e Coelho (2008).

Biografia do Autor

Larizza Bergui de Andrade, Universidade Estadual Paulista UNESP

Larizza Bergui de Andrade é Doutoranda e Mestra em Patrimônio Cultural e Sociedade e Graduada em Educação Artística (habilitação em Artes Plásticas) pela Universidade da Região de Joinville (Univille), de Santa Catarina. Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Nadja de Carvalho Lamas, Universidade Estadual Paulista UNESP

Nadja de Carvalho Lamas é Professora Titular da Universidade da Região de Joinville (Univille) nos cursos de Artes Visuais, Publicidade e Propaganda e no Mestrado e Doutorado em Patrimônio Cultural e Sociedade. Doutora e Mestra em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialista em Arte na Educação pela Faculdade de Artes do Paraná e Graduada em Administração pela Fundação Educacional da Região de Joinville.

Referências

BARATTO, Rômulo. Iphan lança plataforma de conhecimento e gestão do patrimônio construído, 2017. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/883302/iphan-lanca-plataforma-de-conhecimento-e-gestao-do-patrimonio-construido. Acesso em: 13 mar. 2021.

CANDAU, Joel. Memória e identidade. Tradução de Maria Letícia Ferreira. São Paulo: Contexto, 2011.

COELHO, Teixeira. A cultura e seu contrário: cultura, arte e política pós 2001. São Paulo: Iluminuras; Itaú Cultural, 2008.

DOCUMENTO DE NARA. 1994. Conferência sobre autenticidade em relação à convenção do Patrimônio Mundial. In: SIMPÓSIO CIENTÍFICO DO ICOMOS BRASIL. 3. Belo Horizonte/MG, 8-10 maio 2019. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Conferencia%20de%20Nara%201994.pdf. Acesso em 12 março 2021.

FERREIRA, Norma Sandra de Almeida. As pesquisas denominadas Estado da arte. Educação & Sociedade, 2002. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/es/v23n79/10857.pdf. Acesso em: 22 jun. 2020.

HEINICH, Nathalie. O inventário: um patrimônio em vias de desartificação? Proa: Revista de Antropologia e Arte. 2008. Disponível em: https://www.ifch.unicamp.br/ojs/index.php/ proa/article/view/2336. Acesso em 24 out. 2019.

ICOMOS. Princípios do ICOMOS para a preservação e conservação: restauro de pinturas murais, 2003. Disponível em: http://www.patrimonio-santarem.pt/imagens/3/principios_ para_a_preservacao_das_pinturas_murais.pdf. Acesso em 23 jul. 2019.

POULOT, Dominique. Uma história do patrimônio no Ocidente, séculos XVIII-XXI: do monumento aos valores. Tradução de Guilherme João de Freitas Teixeira. São Paulo: Estação Liberdade, 2009.

RIBEIRO, Emanuela Sousa; SILVA, Aline de Figuerôa. Inventários de bens móveis e integrados como instrumento de preservação do patrimônio cultural: a experiência do inbmi/iphan em pernambuco. Revista do Programa de Estudos de Pós-Graduados em História, v. 40, 2010. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/revph/article/view/6125/0. Acesso em: 22 jul. 2019.

ROMANOWSKI, J. P. As pesquisas denominadas do tipo “Estado da arte” em educação. Diálogo Educacional, 2006. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/1891/189116275004.pdf. Acesso em 25 maio 2019.

SANTOS, Marisa Veloso Motta. O tecido do tempo: a ideia de patrimônio cultural no Brasil 1920/1970. Brasília, 1992. Tese (Doutorado em Antropologia Social) - Instituto de Ciências Humanas, Universidade de Brasília.

SÃO PAULO. Tribunal de Justiça. Comarca de São Paulo. Ação Popular - Ato lesivo ao patrimônio artístico, estético, histórico ou turístico. Apelante: Allen Ferraudo e outros. Apelado: Prefeitura Municipal de São Paulo. Relator juiz Adriano Marcos Laroca. São Paulo 13 de fevereiro de 2017. Lex: Tribunal de Justiça do estado de São Paulo. Comarca de São Paulo. Foro central de fazenda pública/acidentes. 12ª Vara de Fazenda Pública. Decisão. Processo n° 1003560-75.2017.8.26.0053.

Downloads

Publicado

30-06-2021

Como Citar

Bergui Andrade, L., & Carvalho Lamas, N. (2021). A arte mural, grafite e o patrimônio cultural: uma revisão de literatura . Patrimônio E Memória, 17(1), 382–402. Recuperado de https://pem.assis.unesp.br/index.php/pem/article/view/3060

Edição

Seção

Artigos Livres