DIÁRIO, MEMÓRIA E DITADURA EM DOIS ROMANCES DE MILTON HATOUM

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5016/msc.v28i0.1663

Palavras-chave:

Ditadura, Escrita diarística, Memória, Milton Hatoum, Rupturas familiares

Resumo

Este trabalho tem como escopo analisar os romances A noite da espera (2017) e Pontos de fuga (2019), ambos de Milton Hatoum, a partir da utilização da escrita diarística e do recurso da memória para narrar eventos ocorridos durante a ditadura civil-militar brasileira iniciada em 1964, e de observar as rupturas familiares provocadas pela polarização político-ideológica acentuada pelo regime autoritário. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica com base nos trabalhos de Candau (2016), Figueiredo (2017), Hess (2006), Lejeune (2014), entre outros. Com a análise dos romances, evidencia-se que a utilização do diário permite que o narrador-protagonista reelabore seus registros e reavalie as memórias dos eventos ocorridos no Brasil durante o período ditatorial. Nesses registros, observamos o recrudescimento da repressão do Estado e as rupturas interpessoais, principalmente familiares, suscitadas por posicionamentos político-ideológicos irreconciliáveis. Vemos, assim, os efeitos do regime ditatorial na vida das personagens e como as estratégias narrativas utilizadas nos romances contribuem para apresentá-los.

Biografia do Autor

Cloves da Silva Junior, Instituto Federal de Goiás, Secretaria de Estado de Educação de Goiás, Universidade Federal de Goiás

Aluno regular do curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística (Área de concentração: Estudos Literários) da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Goiás. Mestre em Letras e Linguística - Área de concentração: Estudos Literários (2016) pela mesma instituição, com pesquisa financiada pela CAPES. É especialista em Língua Portuguesa, Literatura e Ensino (2012) pela Universidade Estadual de Goiás (UEG) - Câmpus de São Luís de Montes Belos. Licenciado em Letras-Português/Inglês e respectivas literaturas (2009) pela UEG - Câmpus de Jussara. É professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (Classe D-I, Nível 1) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (Câmpus Itumbiara), e professor efetivo (nível IV) da Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte de Goiás (SEDUCE/GO). Possui experiência nas áreas de Formação de Professores de Língua Portuguesa e Literatura, Formação do leitor, Literatura Brasileira contemporânea, Relações entre violência e poder na literatura e Prosa de Rubem Fonseca.

Luiz Gustavo Osório Xavier, Universidade Federal de Goiás

Meste em Letras e Linguística/Estudos Literários (2020) e Bacharel em Letras/Estudos Literários (2016) pela Universidade Federal de Goiás.

Renata Rocha Ribeiro, Universidade Federal de Goiás

É bacharel em Letras/ Literatura (2003), mestre em Estudos Literários (2005) e doutora em Estudos Literários (2010) pela Universidade Federal de Goiás. Atualmente é professora associada, nível 1, da Universidade Federal de Goiás, em regime de dedicação exclusiva. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Teoria Literária, Poéticas da Modernidade e Literatura Brasileira, atuando principalmente nos seguintes temas: teoria da narrativa, literatura brasileira, narrativa contemporânea e Osman Lins. Desenvolveu a pesquisa de pós-doutoramento intitulada "Memórias da ditadura em romances de Adriana Lisboa e María Teresa Andruetto" junto ao Programa de Pós-Graduação em Literatura da Universidade Federal de Minas Gerais (2018-2019) com financiamento da Fapeg/CAPES.

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Publicado

2021-01-02

Como Citar

Silva Junior, C. da, Osório Xavier, L. G., & Rocha Ribeiro, R. (2021). DIÁRIO, MEMÓRIA E DITADURA EM DOIS ROMANCES DE MILTON HATOUM. Miscelânea: Revista De Literatura E Vida Social, 28, 169–192. https://doi.org/10.5016/msc.v28i0.1663

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS/ORIGINAL ARTICLES

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