A CONSTRUÇÃO NARRATIVA DE ONDE ANDARÁ DULCE VEIGA? E SUA RELAÇÃO COM A MORTE, A MEMÓRIA E A ALEGORIA
Mots-clés :
alegoria, Caio Fernando Abreu, memória, morte, ruína.Résumé
O presente artigo tem o objetivo de analisar o romance Onde andará Dulce Veiga?, de Caio Fernando Abreu, publicado em 1990. O romance mobiliza os conceitos de memória, esquecimento, ruína e narração do vivido para se constituir enquanto documento do qual emerge uma imagem da vida contemporânea, constituída na tensa relação entre a voz narrativa, marcada pela autorreferencialidade do narrador-personagem, e o contexto histórico no qual está inserido. Em outras palavras: o narrador ocupa o lugar de testemunha da vida contemporânea. Para a análise em questão, nos utilizaremos, sobretudo, das reflexões de Benjamin acerca da Modernidade, especialmente, seus ensaios sobre Baudelaire, sobre Proust e sobre o Barroco alemão.