As ENCENAÇÕES DO GÊNERO
CONSIDERAÇÕES SOBRE A PEÇA INÉDITA A ÚLTIMA ENTREVISTA, DE JÚLIA LOPES DE ALMEIDA
Palabras clave:
Júlia Lopes de Almeida, manuscritos inéditos, Literatura Brasileira, artes dramáticas, gêneroResumen
O artigo tem o propósito de iluminar as contribuições de Júlia Lopes de Almeida (1862-1934), escritora cujo nome chegou a ser cogitado para figurar na lista de membros fundadores da Academia Brasileira de Letras, para a dramaturgia brasileira, empreitada esta cuja justificativa reside no fato de que, além de haver publicado os volumes A Herança (1909) e Teatro (1917), a escritora deixou algo próximo de uma dezena de peças teatrais, repertório este até então inédito e inexplorado. Considerando-se, pois, a magnitude do legado em questão, buscaremos restringir a análise à peça A Última Entrevista, a partir da qual tencionamos destacar, à luz das imbricações entre arte e gênero/sexo, “as marcas sociais que [a] permeiam” (ZULAR, 2007, p. 7) ou, mais propriamente, as transfigurações de seu conteúdo social em forma teatral (PONTES, 2008).