GRACILIANO, HISTORIADOR DO PRESENTE
Palabras clave:
modernismo, historiografia, romance, regionalismoResumen
O ensaio propõe uma leitura do romance de Graciliano Ramos, Angústia (1936), como reflexão ambígua sobre a possibilidade de registrar o seu presente. Ele analisa o esforço de pensar a transição histórica, num momento que se proclama revolucionário, mas onde tudo parece ficar igual. Enfocando nas formas particulares da escritura pós-modernista da época, mostra como Graciliano constrói uma escritura que parece abranger a derrota das formas eufóricas modernistas, mas, ao mesmo tempo, resistir ao imperativo da época de fixar a realidade. Incorporando textos contemporâneos do arquivo da época, o ensaio articula um entre-lugar onde o romance de Graciliano procura intervir no presente através das ruínas do passado recente.