AUTOFICÇÃO E MEMÓRIA SOCIAL EM O IRMÃO ALEMÃO, DE CHICO BUARQUE
DOI:
https://doi.org/10.5016/msc.v28i0.1664Palabras clave:
Chico Buarque, Autoficção, TraumaResumen
Neste texto, o trauma de ter um parente desaparecido é analisado na obra contemporânea O irmão alemão (2014), de Chico Buarque, relacionando experiência histórica e experiência de linguagem. Os cortes catastróficos do século XX, como a Shoah e os crimes dos agentes das ditaduras latino-americanos, deixaram tensões sociais difíceis de serem resolvidas, mas, no caso brasileiro, politicamente apagadas do debate público. Portanto, tendo em vista esse problema histórico e ético, o artigo busca ler a narrativa de Chico Buarque enquanto arquivo cultural da ditadura, inserindo o romance em pauta no rol de obras literárias que problematizam um episódio traumático da história brasileira, que foi o golpe de 1964 e suas consequências para uma democracia instável no presente.