Espaços de recepção e de criação de estratégias: a instituição escolar e a inserção das camadas populares na cultura letrada. São Paulo -1894-1923

Ednéia Regina ROSSI

Resumo


Este artigo se articula a partir de duas questões. A primeira problematiza a representação feita das populações mais pobres e seus filhos frente à escolarização, fazendo ver as estratégias e a construção de sentidos produzidos por esses utilizadores. A segunda, tomando a escola operária como exemplo, atenta para a pluralidade de formas educativas existentes e de suas culturas. A institucionalização da escola primária se fez a partir de um plano muito bem elaborado de homogeneização cultural. No entanto, os sujeitos da escolarização (e seus familiares) não foram um receptáculo das ações desse projeto republicano, não se moveram exclusivamente a partir das determinações legais e nem como elas pretendiam. As camadas mais pobres da sociedade utilizaram-se de estratégias para se inserirem no mundo letrado, fazendo uso de espaços de ensino não oficiais e livres. Essas estratégias dificultavam as investidas do Estado Republicano para a criação de um sistema nacional de ensino. Por outro lado, o projeto de homogeneização cultural esbarrou nas demais escolas primárias existentes e suas identidades.

Palavras-chave


escolas primárias, sujeitos da escolarização, estratégias e usos

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