O estádio do Atlético Mineiro na Pampulha: a mineiridade de Gregoriano Canedo nos anos 1940

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Palavras-chave:

mineiridade, estádio, Atlético Mineiro, Belo Horizonte, futebol

Resumo

Este artigo argumenta sobre a prática de mineiridade por Gregoriano Canedo, durante sua presidência no Clube Atlético Mineiro, pelos indícios das relações para a construção do estádio idealizado por ele nos anos 1940 em Belo Horizonte. São revisitados os conceitos de mineiridade e contexto para a construção da rede textual dada pela análise verbovisual de textualidades que partem de uma matéria jornalística da revista “O Cruzeiro” e inclui outros periódicos jornalísticos e arquitetônicos, decretos-leis e mapas. Entende-se que a mineiridade dele se dá pela busca por reconhecimento nacional, o ideal de progresso representado pela cidade e a conciliação, na prática, de múltiplas atuações profissionais. Destaca-se, ainda, que o estádio do Atlético não se concretizou na região da Pampulha.

Biografia do Autor

Ives Teixeira Souza, Doutorando - Universidade Federal de Minas Gerais

Doutorando, mestre e bacharel em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo e em Relações Públicas, pela Universidade Federal de Minas Gerais. Integrante do Temporona: Coletivo de Ações em Temporalidades e Narrativas. Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.

Luísa Almeida de Paula, Kent State University

Doutoranda em Comunicação e Informação pela Kent State University/EUA. Mestre em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais. Historiadora pela Universidade Federal do Espírito Santo. Pesquisadora pelo grupo de pesquisa Coletivo Marta (UFMG)

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Publicado

06-06-2025

Como Citar

Teixeira Souza, I. ., & Almeida de Paula, L. (2025). O estádio do Atlético Mineiro na Pampulha: a mineiridade de Gregoriano Canedo nos anos 1940. Patrimônio E Memória, 20(2), 276–297. Recuperado de http://pem.assis.unesp.br/index.php/pem/article/view/2851

Edição

Seção

Artigos Livres