A epistolografia de Mário de Andrade: memória da criação

Marcos Antonio de MORAES

Resumo


A correspondência de escritores torna-se, muitas vezes, “laboratório” da produção literária. O discurso memorialístico inerente à carta permite documentar a gênese e as diversas etapas de elaboração de um texto literário, desde o embrião do projeto até o debate sobre a recepção crítica da obra. Este texto tenciona estudar a correspondência de Mário de Andrade, levando em consideração os pressupostos teóricos e críticos dos “Arquivos da criação”, termo da Crítica Genética, a qual dedica-se à captar aspectos do processo criativo. Pretende-se, em um primeiro momento, demonstrar como as cartas do criador de Macunaíma configuram-se como “canteiro de obras”, ao trazer à tona matrizes e circunstâncias da escritura, documentar lições elididas na versão de um texto publicado (e, eventualmente, conter a justificativa das escolhas realizadas), acolher projetos artísticos nascidos ao correr da pena, mas depois abandonados etc. Em uma segundo momento, pretende-se problematizar o conjunto de exemplos fornecidos ao longo deste estudo, a partir da percepção crítica de José-Luis Diaz que, em seu texto, “Quelle génétique pour les correspondances” (Genesis 13, Paris, 1999), alerta para as armadilhas da “gênese ‘exibicionista’, mais ou menos truncada e encenada”.

Palavras-chave


epistolary discourse; writers’ correspondence; literary chronicle

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