Transformações e ampliações do valor de antiguidade na obra de Riegl: monumentos envelhecidos, antiquados e alterados

Juliano Loureiro de Carvalho

Resumo


O texto revisita o valor de antiguidade, conceito proposto por Alois Riegl em O culto moderno dos monumentos (1903). Para compreender as variações do conceito, ao longo da obra do autor, e em que atributos dos monumentos ele se manifesta, analisamos dez textos de 1899 a 1905, vinculados à sua produção teórica e à sua atuação prática. Identificamos dois novos atributos do valor de antiguidade, além da superfície envelhecida (único atributo referido pela bibliografia corrente): a forma antiquada da obra e as alterações deliberadas por ela sofridas. Adicionalmente, identificamos os desenvolvimentos do conceito de valor de antiguidade na obra de Riegl, desde as percepções iniciais (1899), passando pelo valor de atmosfera (1902) até a formulação madura (1903) e os ajustes posteriores, formulados em sucessivos textos, até seu falecimento (1905). Isto amplia o conhecimento disponível sobre o autor e atualiza as ferramentas disponíveis para processos técnicos de valoração do patrimônio cultural.


Palavras-chave


Alois Riegl; Valores patrimoniais; Valor de antiguidade; Pitoresco; Teoria da conservação.

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