AS FILHAS DA MELANCOLIA:
ESTHER GREENWOOD E SYLVIA PLATH
DOI:
https://doi.org/10.5016/msc.v33i0.2539Palavras-chave:
Sylvia Plath; A redoma de vidro; depressão; mãe; mística feminina.Resumo
Sylvia Plath é frequentemente lembrada quando se trata dos temas da depressão e do suicídio. Em A redoma de vidro (1963), seu único romance, Plath narra a história de Esther Greenwood e da depressão que a acomete no início da vida adulta, a qual evoca os mesmos acontecimentos da vida de Plath. Neste trabalho, busca-se mostrar de que forma a imagem da redoma de vidro condensa a melancolia da protagonista e como os acontecimentos narrados encontram ecos em Luto e melancolia (1917), de Freud, uma vez que se assume que a perda do objeto de amor da personagem, sua mãe, acarreta um efeito em seu próprio ego, tornando-o homicida e suicida. Além disso, busca-se refletir sobre como a melancolia vivida por Esther, e por Plath, está intimamente relacionada ao ideal de feminilidade difundido socialmente nos Estados Unidos dos anos 1950, como discutido por Friedan em A mística feminina (1963).