A expansão para o noroeste

saúde, doenças e ações sanitárias no Amazonas (1907-1912)

Autores

Palavras-chave:

Sertão, Fronteira, Malária

Resumo

Este texto tem como foco refletir sobre as ações sanitárias desenvolvidas no noroeste brasileiro em parte do primeiro período republicano (1889-1930). Com a Proclamação da República (1889), a necessidade de consolidação das fronteiras brasileiras foi responsável por uma série de novas ações com o objetivo de promover maiores contatos entre as capitais e as regiões mais afastadas do litoral do país, dentre elas, as estigmatizadas como “inóspitas”, como o Amazonas. Neste trabalho, elencamos as doenças predominantes nesse “sertão do noroeste” – de acordo com a documentação consultada – e discutimos os impactos das dinâmicas políticas e ações sanitárias empreendidas entre 1907 e 1912, período em que foi construída a Ferrovia Madeira-Mamoré.

Biografia do Autor

Thais Teixeira do Nascimento, Universidade Federal de Goiás (UFG)

Mestra em História pela Universidade Federal de Goiás (UFG) em 2022 e graduada em licenciatura em História pela mesma instituição (2019). Faz parte do GEPHPSD (Grupo de Estudo e Pesquisa da História das Práticas da Saúde e das Doenças), grupo vinculado à Universidade Federal do Pará (UFPA), atuando como pesquisadora e coordenadora da equipe de Documentação do GEPHPSD. Desenvolve pesquisa na área de História do Brasil republicano, com ênfase em história da saúde e práticas sanitárias. Atualmente realiza pesquisa sobre as memórias, os discursos políticos-sanitários e a ocorrrência da Malária e do Beribéri durante a construção da Ferrovia Madeira-Mamoré (1907-1912).

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Publicado

2025-01-23

Como Citar

TEIXEIRA DO NASCIMENTO, Thais. A expansão para o noroeste: saúde, doenças e ações sanitárias no Amazonas (1907-1912). Faces da História, [S. l.], v. 11, n. 2, p. 66–82, 2025. Disponível em: https://pem.assis.unesp.br/index.php/facesdahistoria/article/view/2756. Acesso em: 31 jan. 2025.