Espaços de gravidade flutuante

Da vertigem em três estações movediças em "Frauta de Barro"

Auteurs

  • Fadul Moura Universidade Estadual de Campinas

Mots-clés :

Poesia brasileira do século XX, Memória, Coleção, Cidade, Frauta de barro

Résumé

No presente trabalho, o recorte realizado diz respeito à coleção que o eu lírico faz em duas linhas que se entrecruzam: no primeiro plano deste texto, há uma linha que se volta para o percurso que o poeta faz pela cidade; a outra, por sua vez, está para as poéticas lidas por Luiz Bacellar. Elas são fios que se tecem em toda a costura textual, a fim de serem mobilizadas como fundamentos que tematizam o caminho desenvolvido pelo poeta, enquanto ele se debruça sobre a cidade a ser colecionada. Com o manuseio das tradições, nota-se que a obra escapa à configuração convencional do exótico em relação à Amazônia, ao passo que apresenta a cidade, além de dialogar com poéticas nacionais e internacionais e tocar outros campos.

Références

AGUIAR, José Vicente de Souza. Manaus: praça, café, colégio e cinema nos anos 50 e 60. Manaus: Editora Valer, 2002.

ALEIXO, Marcos Frederico Krüger. A sensibilidade dos punhais. Manaus: Edições Muiraquitã, 2011.

ALVAREZ, Johnny; PASSOS, Eduardo. Cartografar é habitar um território existencial. In: ALVAREZ, Johnny; PASSOS, Eduardo (orgs.). Pistas do método cartográfico: pesquisas-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2009. p. 131-1149

ARGAN, Giulio Carlo. A história da arte como a história da cidade. Tradução Pier Luigi Cabra. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2014.

BACELLAR, Luiz. Frauta de barro. 9. ed. Editora Valer: Manaus, 2011.

BANDEIRA, Manuel. Testamento de Pasárgada: antologia poética. Organização e notas de Ivan Junqueira. 3. ed. São Paulo: Global, 2014.

BANDEIRA, Manuel. Passagens. Tradução Irene Aron e Cleonice Paes Barreto Mourão. Belo Horizonte: Editora UFMG; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2007.

BARROS, Laura Pozzana de; KASTRUP, Virgínia. Cartografar é acompanhar processos. In: BARROS, Laura Pozzana de; KASTRUP, Virgínia (orgs.). Pistas do método cartográfico: pesquisas-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2009. p. 52-75.

BENJAMIN, Walter. Alegoria e drama barroco. In: Documentos de cultura, documentos de barbárie: escritos escolhidos. Tradução Celeste H.M. Ribeiro de Souza et al. São Paulo: Cultrix; Editora da Universidade de São Paulo, 1986.

BERGSON, Henri. Memória e vida. Tradução Claudia Berliner. São Paulo: Martins Fontes, 2011.

BOSI, Alfredo. O ser e o tempo da poesia. 6. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

CANDIDO, Antonio. Romantismo, negatividade, modernidade. In: CANDIDO, Antonio. O albatroz e o chinês. 2. ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2010, p. 63-70.

EYBEN, Piero. Da herança do outro na narrativa homérica. Revista Aletria, vol. 19, n. 3, p. 115-127, jul.-dez. 2009. p. 115-127.

FREUD, Sigmund. Obras completas. O eu e o id, “autobiografia” e outros textos (1923-1925). Tradução Paulo César de Sousa. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

FRIEDRICH, Hugo. Estrutura da lírica moderna: da metade do século XIX a meados do século XX. Tradução Marise M. Curioni. São Paulo: Duas cidades, 1978.

HAMBURGER, Käte. A lógica da criação literária. Tradução Margot P. Malnic. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 2013.

HUTCHEON, Linda. Teoria e política da ironia. Tradução Julio Jeha. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2000.

HUTCHEON, Linda. Uma teoria da paródia. Tradução Teresa Louro Pérez. Lisboa: Edições 70, 1985. (Coleção Arte & Comunicação)

KAYSER, Wolfgang. Análise e interpretação da obra literária: introdução à ciência da literatura. Tradução Paulo Quintela. 4. ed. Coimbra: Arménio Amado Editor, 1968.

NATALI, Marcos Piason. A política da nostalgia: um estudo das formas do passado. São Paulo: Nankin, 2006.

PAZ, Octavio. Os filhos do barro: do Romantismo à vanguarda. Tradução Ari Roitman e Paulina Wacht. São Paulo: Cosac Naif, 2013.

RICŒUR, Paul. A metáfora viva. Tradução Dion Davi Macedo. São Paulo: Edições Loyola, 2005.

VILLON, François. Poesias de François Villon. Tradução Péricles Eugênio da Silva Ramos. São Paulo: Art Editora, 1986.

Téléchargements

Publiée

2018-12-20

Comment citer

MOURA, Fadul. Espaços de gravidade flutuante: Da vertigem em três estações movediças em "Frauta de Barro". Faces da História, [S. l.], v. 5, n. 2, p. 7–30, 2018. Disponível em: https://pem.assis.unesp.br/index.php/facesdahistoria/article/view/1107. Acesso em: 21 nov. 2024.