O conservadorismo do jovem Eduardo Prado

um exercício de história intelectual (1878-1879)

Autores/as

  • Rodrigo Perez Oliveira

Palabras clave:

Eduardo Prado; Performance Discursiva; Escritos de Juventude.

Resumen

Eduardo Paulo da Silva Prado (1861-1901) foi um importante personagem da história político/intelectual brasileira dos últimos anos do século XIX. Destacando-se como um dos mais aguerridos inimigos da República proclamada pelo golpe militar de novembro de 1889, Eduardo Prado enfrentou a perseguição da Ditadura florianista. Essa militância antirrepublicana foi o aspecto mais abordado da trajetória político/intelectual de Eduardo Prado pelos estudos que já se debruçaram sobre o tema. Pretendo neste artigo contribuir para essa discussão através da análise dos usos que Prado fez do conceito de liberdade, tendo como corpus os seus primeiros escritos. Esse material quase não foi explorado pela bibliografia especializada e acredito que o seu estudo possa lançar luz sobre outros elementos do pensamento conservador de Eduardo Prado, ajudando-nos a avançar na interpretação da performance discursiva do autor para além da já tão conhecida dicotomia Monarquia X República.

Biografía del autor/a

Rodrigo Perez Oliveira

Mestre e Doutorando em História Social (PPGHIS/UFRJ), professor de teoria da história e historiografia brasileira da Universidade Estácio de Sá e autor do livro “As Armas e as Letras: a Guerra do Paraguai na memória oficial do Exército brasileiro (1860-1901)”. Rio de Janeiro: Ed. Multifoco, 2013.

Citas

ALONSO, Ângela. Ideias em movimento: A geração de 1870 na crise do Brasil-Império. São Paulo: Paz e Terra, 2002.

ARMANI, Carlos Henrique. Discursos da Nação: historicidade e identidade nacional no Brasil em fins do século XIX. Porto Alegre: Ed. PUCRS, 2010.

BASILE, Marcelo. O laboratório da nação: a era regencial (1831-1840). In. GRINBERG, Keila; SALLES, Ricardo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011. pp. 53-119. p. 55.

BRASIL. Constituição de 1824.

BERRIEL, Carlos Eduardo Ornelas. Vida literária no período de Prudente de Moraes (1894-1898): Eduardo Prado, pensamento oligárquico e restauração monárquica. In: SILVA, Fernando Teixeira; NAXARA, Márcia R. Capelari; CAMILOTTI, Virgínia C. República, liberalismo, cidadania. Piracicaba: Ed. UNESP, 2003. pp 83-105.

BIGNOTTO, Newton (ORG). Pensar a República. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2002.

CARVALHO, José Murilo de. José Murilo de. A construção da ordem/O teatro das sombras. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.

FILGUEIRAS, Carmen Lúcia Tavares. O Futuro e suas Ilusões. Os Estados Unidos de Monteiro Lobato e Eduardo Prado. Tese (Doutorado): Rio de Janeiro, IUPERJ, 1999.

HOBBES, Thomas. O leviatã. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1996.

HOLANDA, Sérgio Buarque. Capítulos de História do Império. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

Jornal Correio Paulistano.

Jornal Constitucional.

Jornal O Mercantil.

LEVI, Darrel E. A Família Prado. São Paulo: Cultura 70, 1977.

LEONZO, Nancy. A historiografia antirrepublicana: a obra de Eduardo Prado. São Paulo: Ed USP, 1993.

MANNHEIM, Karl. Conservative thought. Londes: ED P&C, 1987.

MATTOS, Ilmar Rohloff. O tempo saquarema. São Paulo: Ed. Hucitec, 2004.

MILTON, J. Eikonoklastes em Complete Prose Works of Jhon Milton. Merrit Y. Hughes (Ed). New Havens, Conn, 1962, vol III, pp. 336-601.

MOTA FILHO, Cândido Mota. A Vida de Eduardo Prado. Rio de Janeiro: Ed. José Olympio, 1967.

NOGUEIRA, Marco Aurélio. O encontro de Joaquim Nabuco com a política: as desventuras do liberalismo. São Paulo: Paz e Terra, 2010.

PAGANO, Sebastião. Eduardo Prado e sua época. São Paulo: Ed. O Cetro, 1967.

PEREIRA, Leonardo Afonso Miranda. A realidade como vocação: literatura e experiência nas últimas décadas do Império. In: GRINBENRG, Keila; SALLES, Ricardo (ORG). O Brasil Imperial (Vol. III). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009. pp. 271-310.

SALLES, Ricardo. As águas do Niagra. 1871: a crise da escravidão e o ocaso saquarema. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009.

SCHWARCZ, Lilia Mortiz. O Espetáculo das raças. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

SCHWARCZ, Lilia Mortiz. Retrato em branco e negro: jornais, escravos e cidadãos em São Paulo no final do século XIX. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.

SEVCENKO, Nicolau. Literatura como missão: tensões socais e criação cultural na Primeira República. São Paulo: ed Brasiliense, 1983.

SKIDMORE, Thomas. Preto no Branco: Raça e nacionalidade no pensamento brasileiro. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

SKINNER, Quentin. Hobbes e a Liberdade Republicana. São Paulo: Ed. UNESP, 2010.

SKINNER, Quentin. Liberdade antes do liberalismo. São Paulo: Ed. UNESP, 1999.

SUSSEKIND, Flora. Cinematógrafo de letras: literatura, técnica e modernização no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.

Publicado

2017-08-20

Cómo citar

OLIVEIRA, Rodrigo Perez. O conservadorismo do jovem Eduardo Prado: um exercício de história intelectual (1878-1879). Faces da História, [S. l.], v. 2, n. 1, p. 236–257, 2017. Disponível em: https://pem.assis.unesp.br/index.php/facesdahistoria/article/view/202. Acesso em: 4 dic. 2024.