Clubes recreativos em cidades das regiões sudeste e sul: identidade, sociabilidade e lazer (1889-1945)

Resumo

Este artigo discute sobre os clubes recreativos de elite, profissionais e étnicos entre o final do século XIX e a primeira metade do século XX, definindo sua importância, suas funções e seus significados para os associados. Na ocupação dos espaços de lazer, os frequentadores desses diversos clubes, além de se divertirem, iniciavam ou adensavam os laços que os uniam aos seus iguais criando, assim, uma rede de sociabilidade e poder que ensejavam dividendos sociais, matrimoniais, econômicos e políticos. No convívio proporcionado pelas festas, bailes e outros divertimentos, também (re)definiam suas identidades enquanto indivíduos pertencentes a determinado setor social ou étnico, que buscavam ou a manutenção do status quo, no caso das elites, ou as formas de inserção social, aceitação e projeção na sociedade mais ampla para os negros e trabalhadores.