Contribuições para desconstrução de legados coloniais em museus paulistanos: novas práticas em acervos e em exposições temporárias no Museu de Arte de São Paulo (MASP) e Pinacoteca de São Paulo
Palavras-chave:
Pensamento decolonial, Museus, Instituições culturais, Políticas culturais, InclusãoResumo
Este artigo adota como tema os desafios enfrentados por duas instituições museais paulistanas relacionados à reflexão sobre a desconstrução do legado colonial nos processos de constituição de seus acervos, na organização de exposições e criação de novas políticas institucionais. A fundamentação teórica apoia-se nas seguintes contribuições: no pensamento de Aníbal Quijano sobre modernidade, colonização e descolonização; na insurgência de Achille Mbembe contra o novo racismo ligado ao capitalismo global, em favor de uma reparação histórica – aos quais se apensa o aporte interseccional feminista de Lélia Gonzales e María Lugones –, e na problematização do papel da memória nas instituições museais, segundo Ulpiano Toledo Bezerra de Meneses. O cruzamento dessas reflexões conforma as bases de interpretação para as análises das ações feitas na Pinacoteca do Estado de São Paulo e no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), tendo em vista uma apreciação, ainda que parcial, das transformações produzidas pelas novas práticas na estrutura organizacional das instituições.
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